PP rejeita candidatura de Sergio Moro ao governo do PR e amplia impasse em federação com o União
09/12/2025
(Foto: Reprodução) A direção do Progressistas (PP) no Paraná decidiu nesta segunda-feira (8), por unanimidade, que não apoiará e não dará aval a uma candidatura do senador Sergio Moro (União) ao governo do estado em 2026.
A decisão coloca em campos opostos dois partidos que negociam, desde o início do ano, a formação de uma federação partidária. A aliança entre PP e União Brasil acumula divergências locais e já tem provocado a saída de alguns políticos.
Dirigentes do Progressistas argumentam que Moro não foi capaz de construir consenso e consolidar apoio dentro do partido. Sem esses dois fatores, dizem, será impossível registrar uma candidatura única pela federação.
🔎As federações são alianças que unem duas ou mais siglas por, no mínimo, quatro anos e que obrigam o registro de candidaturas unificadas.
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A deliberação do PP foi criticada por dirigentes do União Brasil. O presidente nacional, Antonio Rueda, disse que a sigla vai insistir na "homologação da candidatura" de Sergio Moro e criticou o que classificou de "vetos arbitrários".
O União Brasil mantém o desejo de lançar o nome do senador ao governo do Paraná, indicando que ele lidera as pesquisas. O PP, por outro lado, integra a base do atual governador, Ratinho Júnior (PSD), o que reforça a resistência à candidatura de Moro.
Rueda e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, sinalizaram que o assunto ainda deverá ser debatido entre as lideranças da federação. Na segunda, Ciro afirmou que espera que a divergência não atrapalhe a formalização da aliança.
Batizada União Progressista, a federação aguarda aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para existir definitivamente. As duas siglas deram entrada no pedido de registro na última semana.
🎤Um dos principais nomes do PP no estado, o deputado federal Ricardo Barros afirmou ao g1 que não há possibilidade de mudança na orientação partidária e que o Progressistas não apoiará Moro em 2026.
Ele chegou a sugerir que o senador procure outra sigla caso queira disputar o governo do Paraná.
O estatuto da federação — ainda sob análise do TSE — prevê um rito para impasses desse tipo. Se a divergência persistir nas convenções de cada partido no próximo ano, caberá à direção nacional da federação definir o candidato da aliança.
Nas redes sociais, Rueda declarou que sua intenção é “dialogar com o Progressistas no âmbito da federação, buscando o melhor para o Paraná e para a aliança”.
Já Ciro Nogueira afirmou, após reunião em Curitiba, que não interferirá na decisão tomada pela direção estadual do PP.
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Edilson Rodrigues/Agência Senado