Perigo e medo impedem as atividades de trabalhadores e estudantes no Rio

  • 28/10/2025
(Foto: Reprodução)
Reféns do medo A violência afetou de alguma forma a rotina de milhões de pessoas no Rio. O perigo e o medo impediram as atividades de trabalhadores e estudantes. O que os moradores do Rio de Janeiro viveram nesta terça-feira (28) é algo que vai deixar marcas por um bom tempo. Seja na vida, no cotidiano, na casa das pessoas, como uma no Alemão. “Só assim que eles fazem. Ó, a casa do morador. A cachorra da moradora está morta com um tiro”, conta uma moradora. No Complexo da Penha, a sede de um projeto social, que trabalha com os sonhos de 250 jovens, amanheceu com os estilhaços de uma realidade ruim. “Nós temos uma janela quebrada, uma cortina totalmente rasgada”, diz Albert Alves, presidente do projeto Arte Transformadora. Tiros também atingiram outros pontos da Zona Norte. Imagina o susto de quem encontrou bala atravessando o quarto, o banheiro de casa. “Minha filha estava dentro do banheiro com o meu irmão e um tiro bateu no blindex do banheiro. Atingiu a janela do banheiro e a geladeira”, conta uma moradora. Ao longo do dia, as reações dos traficantes à operação da polícia espalharam medo pela cidade. “O Rio de Janeiro está em guerra, senhora”. Perigo e medo impedem as atividades de trabalhadores e estudantes no Rio Reprodução/TV Globo Nos pontos de ônibus, nas barcas, trens, metrô. Era o carioca ilhado, cercado de sufoco por todos os lados. “Tomaram a chave do cara e fecharam a rua”. A população, assustada, correu de volta para casa. “Olha o ônibus atravessado na Estrada Velha da Pavuna, fechou as duas pistas para não passar ninguém”. E a hora do rush antecipada, no meio da tarde, deu um nó no sistema público de transportes. Repórter: Está esperando há quanto tempo? Sirlene Minas, enfermeira: Meia hora já. Repórter: Normalmente demora quanto? Sirlene: Passa de 10 em 10 minutos. “Não está passando. Até agora não passou nada”, conta a costureira Edna Mendes. Perigo e medo impedem as atividades de trabalhadores e estudantes no Rio Reprodução/TV Globo A operação nos complexos da Penha e do Alemão impactou profundamente a rotina dos bairros da Zona Norte, onde o comércio fechou as portas e as ruas ficaram desertas. “Estamos na Avenida Itaóca, Bonsucesso, Zona Norte do Rio, uma avenida muito movimentada, passa de 16h. O que chama atenção é que toda zona de comércio está fechada. A gente vê padaria, farmácia, oficina mecânica, escolas, todo comércio, todos os estabelecimentos da região já de portas fechadas. E a pressa das pessoas, seja de carro, seja a pé, seja de ônibus, para voltar para casa. Chegar em casa o mais cedo possível neste dia confuso na história da segurança pública do Rio de Janeiro”, relata o repórter Danilo Vieira. “Liberaram a gente por causa do tiroteio para a gente estar indo para casa”, conta o vendedor Mateus Monteiro Souza. Avenida Brasil, Linha Amarela, Linha Vermelha: os principais caminhos da cidade interrompidos . No começo da tarde, o Centro de Operações da Prefeitura decretou estágio 2 de atenção - quando existem ocorrências de grande impacto na cidade. “A prefeitura vai continuar cumprindo o seu papel, que é buscar que a cidade caminhe com o máximo de normalidade dentro do possível, dentro do cenário que obviamente é difícil, mas fazendo valer a lei. O que não dá para aceitar mais no Rio de Janeiro é a cidade virar refém”, diz o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Essa terça-feira fica marcada como um dos dias mais violentos da história do Rio de Janeiro. Nas ruas desertas do subúrbio maltratado, a moradora antiga lamenta: Repórter: Como é que faz pra viver assim? Carla Fátima Pereira, assistente de departamento pessoal: Eu não tenho mais esperança não. Não tenho mesmo. Porque do jeito que estão as coisas... Há muitos anos atrás eu ainda tinha, mas hoje em dia não tenho mais não. Repórter: Como é que a senhora vai dormir esta noite? Carla: Muito apreensiva e pedindo a Deus que tenha piedade de todo povo brasileiro. Perigo e medo impedem as atividades de trabalhadores e estudantes no Rio Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Megaoperação no Alemão e na Penha contra o CV tem 64 mortos e 81 presos; vias são fechadas em represália em todo o Grande Rio Megaoperação: Rio entra no Estágio 2 e prefeitura recomenda evitar deslocamentos em áreas afetadas Operação no Alemão e na Penha tem 64 mortos e se torna a mais letal da história do Rio de Janeiro Mulher atingida em academia, sem-teto baleado e tiros em janelas de bairros vizinhos: o desespero de moradores no fogo cruzado no RJ

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/28/perigo-e-medo-impedem-as-atividades-de-trabalhadores-e-estudantes-no-rio.ghtml


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