Mãe que fraturou oito costelas do filho é condenada a 26 anos de prisão no litoral de SP; VÍDEO
27/11/2025
(Foto: Reprodução) Criança é brutalmente agredida pela mãe e pelo padrasto em São Vicente, SP
Julia Cristina Pereira foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão por tentar matar o próprio filho à época com quatro anos, em São Vicente (SP). A mulher fraturou oito costelas e um braço da criança durante as agressões, que quase resultaram em morte. A pena será cumprida em regime inicial fechado, sem possibilidade de apelação em liberdade. A defesa entrou com recurso.
O crime ocorreu em 28 de setembro de 2022, quando Julia e o companheiro espancaram o menino. A criança chegou ao hospital em estado crítico, com hipotermia após ter sido colocada em banho gelado, e precisou ser reanimada.
A mãe chegou a gravar um vídeo logo depois das agressões, dizendo: “Tu tá rangendo e tá virando a cabeça? Dentro da minha casa você não vai fazer bagunça”.
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Julia Cristina Pereira foi condenada por tentativa de homicídio contra o filho, de quatro anos, em São Vicente (SP)
Arquivo Pessoal e Reprodução/TV Tribuna
Dias após o episódio, o padrasto foi encontrado morto com marcas de tiros pelo corpo, e Julia acabou presa em 5 de outubro. No julgamento popular realizado em 25 de novembro de 2025, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri reconheceu diversas qualificadoras:
➡️Motivo torpe;
➡️Com emprego de tortura;
➡️Recurso que dificulte a defesa da vítima;
➡️Contra menor de 14 anos;
O advogado João Vitor Fontoura afirmou ao g1 que entrou com um recurso de apelação, pois entende que a decisão é contrária à prova dos autos. Ele destacou que a mulher ter confessado o crime deveria ser considerado como atenuante [circunstância que pode diminuir] da pena.
"Lamentamos profundamente o fato que originou este processo criminal, mas não podemos admitir que este se torne instrumento de vingança, afastando seu compromisso com a Justiça e com o caráter de ressocialização da defendida", finalizou Fontoura.
Relembre o caso
Menino que teve costelas e braço quebrados deixou o hospital em Santos (SP), após 27 dias internado
Arquivo Pessoal
Segundo apurado pelo g1, o pai do menino cuidava dele e dos outros dois filhos, mas havia perdido a esposa para o câncer. Por conta disso, a ex-mulher dele disse que ficaria com as crianças para ajudá-lo a passar por esse momento.
No dia 28 de setembro de 2022, o menino, que na época tinha quatro anos, foi agredido pela mãe e pelo companheiro dela. Após o episódio, o padrasto deixou a criança na casa dos pais dele, que a levaram para o hospital.
Em entrevista ao g1 em 2022, a conselheira tutelar Valdelice Alves disse que o menino contou o que aconteceu às enfermeiras. "Ele contou que a mãe bateu nele e depois colocou ele no banho gelado. O menino chegou no hospital com hipotermia, por isso foi preciso essa reanimação", explicou ela.
A conselheira acrescentou que, diante da reação positiva da criança ao ver o pai no hospital, foi tomada a decisão de deixar o menino com ele.
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