Macron diz esperar que adiamento de acordo entre Mercosul e UE seja suficiente para atender condições da França

  • 19/12/2025
(Foto: Reprodução)
Assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia é adiada O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, nesta sexta-feira (19), que ainda é cedo para dizer se o adiamento de um mês na decisão sobre um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul será suficiente para atender às condições estabelecidas pela França. Mas admitiu que espera que seja. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A França tem se oposto a assinatura sem que novas salvaguardas para seus agricultores sejam incluídas. O país é hoje o principal foco de resistência ao tratado dentro do bloco europeu. “Quero dizer aos nossos agricultores, que expressam a posição francesa desde o início, que consideramos que as contas não fecham e que este acordo não pode ser assinado”, declarou Macron. A afirmação foi feita à imprensa antes de uma das reuniões de cúpula da União Europeia. 🔍 O acordo comercial tem como objetivo reduzir ou eliminar tarifas de importação e exportação entre os dois blocos. Se a proposta for aprovada pelo Conselho Europeu, a assinatura do texto final está prevista para sábado (20), em Foz do Iguaçu, durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul. 👉 Entre agricultores franceses, o acordo com o Mercosul é amplamente visto como uma ameaça, diante do receio de concorrência com produtos latino-americanos mais baratos e produzidos sob padrões ambientais distintos dos europeus. O presidente francês Emmanuel Macron participa de cúpula de líderes da União Europeia em Bruxelas, Bélgica, em 18 de dezembro de 2025. Reuters/Stephanie Lecocq Assinatura adiada Nesta quinta (18), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou a líderes do bloco nesta quinta-feira (18) que o acordo com o Mercosul não será assinado neste sábado (20). A informação foi divulgada pelas agências de notícias AFP e Reuters. Segundo fontes diplomáticas, von der Leyen confirmou, em reunião, que a conclusão do acordo foi adiada para janeiro, o que levou agentes a recalibrar suas expectativas sobre o futuro do tratado. A Comissão Europeia planejava selar o pacto nesta semana — criando a maior zona de livre comércio do mundo. O plano, no entanto, mudou após a Itália se alinhar à França para exigir um adiamento e buscar maior proteção ao seu setor agrícola. Os debates sobre o texto, negociado há 25 anos, se intensificaram nesta quinta-feira, com o início da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, que segue até esta sexta (19). 🔍 De forma geral, o acordo comercial prevê a redução ou eliminação gradual de tarifas de importação e exportação, além de regras comuns para temas como comércio de bens industriais e agrícolas, investimentos e padrões regulatórios. LEIA MAIS: Acordo Mercosul-UE: Conselho Europeu se reúne para aprovar ou barrar a negociação de 25 anos Por que o acordo União Europeia-Mercosul é alvo de tanta disputa no agro? Dono da 4ª maior rede de supermercados da França ameaça boicotar produtos do Mercosul Como funciona a aprovação e o que está em jogo A chefe do Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, anuncia plano de 800 bi de euros da UE contra eventual saída dos EUA da Ucrânia, em 4 de março de 2025. Yves Herman/ Reuters O processo é discutido no Conselho Europeu, instância responsável por autorizar formalmente a Comissão Europeia a ratificar o acordo. Diferentemente do que ocorre no Legislativo, onde basta maioria simples, o Conselho exige maioria qualificada: o apoio de ao menos 15 dos 27 países do bloco, que representem 65% da população da União Europeia. É justamente nessa etapa que se concentra o principal risco político de o acordo não avançar. Embora o debate público esteja concentrado no agronegócio — principal foco da resistência europeia — o acordo entre Mercosul e União Europeia é mais amplo e vai além do comércio de produtos agrícolas. O tratado também abrange temas como indústria, serviços, investimentos, propriedade intelectual e insumos produtivos, o que ajuda a explicar o apoio de diferentes setores econômicos do bloco europeu. A expectativa era que, caso o acordo avançasse no Conselho, Ursula von der Leyen viajasse ao Brasil no fim desta semana para ratificá-lo — o que não deve mais ocorrer neste ano.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/12/19/macron-adiamento-de-acordo-mercosul-eu-condicoes-franca.ghtml


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