Lula nega problema com o Congresso, mas critica emendas impositivas: 'Grave erro histórico'

  • 04/12/2025
(Foto: Reprodução)
Lula nega problema com o Congresso, mas critica emendas impositivas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta quinta-feira (4) que o governo esteja enfrentando problemas com o Congresso Nacional. O petista, porém, criticou as emendas impositivas e disse que o Legislativo "sequestrar 50% do orçamento da União" é um grave erro histórico. 🔎As emendas impositivas são propostas feitas por deputados e senadores para destinar recursos do Orçamento da União para estados e municípios e, ao contrário de outras modalidades, têm a execução obrigatória pelo governo federal. Ou seja, o governo tem que pagá-las. "Vocês acham que nós do governo temos problema com o Congresso Nacional? A gente não tem", frisou o petista. "Eu, sinceramente, não concordo as emendas impositivas. Eu acho que o fato do Congresso Nacional sequestrar 50% orçamento da União é grave erro histórico, eu acho. Mas, você só vai acabar com isso quando você mudar as pessoas que governam e as pessoas que aprovaram isso", disse o petista. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da cerimônia de entrega de credenciais a novos embaixadores no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025. Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo O presidente deu a declaração durante a 6ª plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A reunião marca o encerramento das atividades do colegiado em 2025 e trouxe um balanço da participação do grupo na COP 30, realizada em Belém, além de discussões sobre os rumos da economia em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos. Impasse Apesar da fala de Lula, o Congresso, o Planalto e o Supremo estão em um momento de instabilidade. A relação do governo com o Legislativo vive um impasse em torno da indicação de Jorge Messias para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. A sabatina do candidato, marcada para ocorrer na próxima semana, acabou desmarcada e não tem nova data para acontecer. No caso do Judiciário, a decisão do ministro Gilmar Mendes que impôs restrições a denúncias contra ministros do STF gerou incômodo no Congresso. A medida vem sendo chamada por deputados e senadores de uma tentativa de "blindar a Corte". O ministro, porém, defende que a medida tem como objetivo proteger os magistrados contra intervenções político-partidárias em decisões judiciais. Vetos ao licenciamento ambiental Na cerimônia, o presidente Lula também criticou a derrubada feita pelo Congresso dos vetos do governo no projeto de lei que flexibiliza regras para licenciamento ambiental. Ele afirmou que as restrições assinadas por ele tinham o objetivo de “proteger o agronegócio”, e não de prejudicá-lo. Segundo Lula, os mesmos parlamentares que derrubaram os vetos poderão, no futuro, procurar o governo para pedir ajuda diante de possíveis barreiras internacionais a produtos brasileiros. “Não vetamos porque não gostamos do agronegócio; vetamos para proteger o agronegócio. Essa mesma gente que derrubou meus vetos, quando China, Europa ou outros países pararem de comprar soja ou algodão, vai vir falar comigo: ‘Presidente, fala com o Xi Jinping, com a União Europeia, com a Rússia’. Eles sabem que estão errados e sabem que queremos uma produção maior, mais sustentável e mais limpa”, afirmou. Trabalho remoto Lula também criticou a possibilidade de manifestação remota de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de parlamentares, questionando a seriedade de decisões tomadas em um contexto diferente do de trabalho. Ele comentou sobre um episódio em que precisou negar um convite para cruzar a fronteira do país, porque teria que passar o comando para o vice-presidente, Geraldo Alckmin. "Por que um ministro da Suprema Corte pode ficar 3 meses viajando e vota pelo celular, porque no Tribunal de Justiça as pessoas votam pelo celular? Porque um juiz de Primeira Instância está em casa tomando cerveja e vota pelo celular em casa — condenando uma pessoa. Porque um deputado pode ficar três meses fora e vota pelo celular, e eu tenho que passar o mandato para o Alckmin?", comentou o petista. Ele prosseguiu: "Isso são coisas que vão incomodando a sociedade. É importante que as pessoas estejam de corpo presente, para dar seriedade. Imagina você está em algum lugar, no bem bom, dançando uma lambada, toca um telefone, tem que votar, e vota, qual a seriedade disso?". Segundo o petista, isso faz com que o povo "desacredite nas instituições, passe a pensar que a democracia vale muito pouco". Lula defendeu, durante o discurso, o fim da escala 6x1, e que o avanço das tecnologias deveria reduzir a carga horária dos trabalhadores. A fala reproduz o tom eleitoral que o petista tem adotado nos últimos discursos.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/12/04/lula-nega-problema-com-o-congresso-mas-chama-emendas-impositivas-de-erro-historico.ghtml


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