Justiça concede liberdade provisória condicionada a homem que confessou feminicídio de grávida

  • 13/11/2025
Mulher grávida é assassinada em São Bento do Una A Justiça determinou, nesta quinta-feira (13), durante audiência de custódia no Fórum de Pesqueira, que o homem de 43 anos que confessou o assassinato de Júlia Eduarda Andrade dos Santos seja colocado em liberdade provisória após a instalação de uma tornozeleira eletrônica, prevista para ocorrer em até cinco dias. Ele ficará no Presídio de Pesqueira apenas enquanto aguarda o equipamento. O homem estava detido desde o flagrante por ocultação de cadáver e confessou ter matado a jovem de 26 anos, que estava grávida de quatro meses. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 Caruaru e região O juiz homologou o flagrante, mas negou a prisão preventiva por entender que o crime pelo qual o flagrante foi lavrado, ocultação de cadáver, tem pena máxima de três anos, o que impede a adoção da medida. A decisão afirma que, por se tratar de infração com pena baixa e sem antecedentes criminais, eventual condenação tenderia ao regime aberto ou à suspensão condicional da pena, tornando desproporcional decretar a prisão preventiva. O Ministério Público havia solicitado a prisão preventiva pelo feminicídio, já confessado pelo autuado. No entanto, o juiz explicou que a análise desse pedido não compete ao juízo da custódia, devendo ser apreciado por uma das varas da Comarca de São Bento do Una, onde o crime ocorreu, para onde o processo será redistribuído. LEIA TAMBÉM Quem era Júlia Eduarda, mulher grávida assassinada em São Bento do Una O suspeito permanecerá no Presídio de Pesqueira apenas durante o período necessário para instalação da tornozeleira eletrônica. A decisão determina ainda que, se o equipamento não for instalado dentro do prazo de cinco dias, o alvará de soltura deverá ser expedido da mesma forma, e o autuado será intimado a comparecer à unidade responsável para a colocação do monitoramento. Ao sair do presídio, ele terá de cumprir medidas cautelares, entre elas manter endereço atualizado, comparecer mensalmente à Justiça, recolher-se em casa às 22h e não consumir drogas ilícitas nem bebidas alcoólicas até o fim do processo. Também foi fixada fiança de um terço do salário mínimo, com prazo de quatro dias úteis para pagamento. O processo seguirá agora para a Justiça de São Bento do Una, que ficará responsável pela continuidade da investigação e pela análise do pedido de prisão preventiva pelo feminicídio. Relembre o caso Júlia Eduarda Andrade dos Santos, de 26 anos, foi encontrada morta em São Bento do Una Reprodução/Redes Sociais Júlia Eduarda Andrade dos Santos estava desaparecida desde a manhã da quarta-feira (5). Segundo um familiar, ela saiu de casa por volta das 7h20 para se encontrar com o pai da criança que esperava. O desaparecimento foi registrado na delegacia na quinta-feira (6). Durante os sete dias de buscas, familiares e moradores de São Bento do Una realizaram mobilizações e procuraram por informações que ajudassem a localizar a jovem. O corpo de Júlia foi encontrado na tarde da quarta-feira (12) em uma área de mata na zona rural. Ela apresentava ferimentos provocados por arma branca. Relatos apontam que o corpo estava em um matagal entre São Bento do Una e Sanharó. A localização ocorreu após a polícia receber a informação de que o carro do suspeito havia apresentado pane mecânica em uma área rural no dia do desaparecimento. A pessoa que ajudou no reboque do veículo indicou aos investigadores o local exato da falha. Nas proximidades desse ponto, o corpo foi encontrado. O pai do bebê foi preso em flagrante na noite da quarta-feira (12). Ele foi autuado por feminicídio consumado e ocultação de cadáver. Em depoimento, confessou ter matado a vítima com um golpe de martelo e relatou que utilizou sacolas plásticas para provocar asfixia. Após a prisão, ele foi levado para a sede da 15ª Delegacia Seccional, em Belo Jardim. Moradores se concentraram em frente à delegacia de São Bento do Una pedindo justiça.

FONTE: https://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2025/11/13/justica-concede-liberdade-provisoria-condicionada-a-homem-que-confessou-feminicidio-de-gravida.ghtml


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