Júri de ex-policial e PM acusados por chacinas em Mogi das Cruzes é suspenso
27/11/2025
(Foto: Reprodução) Começa júri de ex-policial e PM acusados por chacinas em Mogi das Cruzes
O júri popular do ex-policial militar Fernando Cardoso Prado de Oliveira e do PM Vanderlei Messias de Barros foi suspenso por volta das 17h30, desta quinta-feira (27) no Fórum de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes.
O júri começou por volta das 11h20, e durante o dia todas as testemunhas foram ouvidas assim como os réus. O julgamento será retomado nesta sexta-feira (28), às 9h.
Os dois seriam julgados no dia 18 de fevereiro, mas a falta de uma testemunha causou o cancelamento. Por isso, houve a remarcação para novembro.
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Os dois são julgados novamente pelos assassinatos de Rafael Augusto Vieira Muniz e Bruno Fiusa Gorrera, mortos em 24 de setembro de 2014, no Jardim Camila.
Sara Vieira é irmã de Rafael Augusto e desde de cedo estava em frente ao Fórum. Ela lamenta a perda do irmão e espera Justiça. “A expectativa é que a Justiça seja feita. Que tudo pode falhar na mão dos homens, mas nas mãos de Deus não. Demora, mas a Justiça é feita.”
Em fevereiro de 2019, eles já foram a júri popular pelo crime, mas foram absolvidos. Após recurso da acusação, o julgamento realizado naquele ano foi cancelado e precisará ser refeito.
O júri realizado em fevereiro foi o segundo pelo qual Cardoso passou. Ele também foi absolvido em outubro de 2018, quando era acusado pela morte do jovem Matheus Aparecido da Silva e pela tentativa de homicídio de Rodrigo Matos de Camargo de Souza Lima durante as chacinas de 2013 e 2015, em Mogi das Cruzes.
Novo júri será realizado nesta quinta-feira no Fórum de Brás Cubas
Vinicius Silva/TV Diário
Na série de ataques a tiros, 26 jovens foram mortos na cidade, entre 2013 e 2015. Ainda em 2019, em agosto, Cardoso e Messias voltaram a júri e, naquela oportunidade, ambos foram condenados.
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A pena aplicada a Cardoso foi de 132 anos e cinco meses de prisão por seis homicídios dolosos (quando há intenção de matar), três tentativas de homicídio e associação criminosa. Em fevereiro de 2018, o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou a demissão de Cardoso da PM, "pelo bem do serviço público".
Já Messias foi condenado a 85 anos e nove meses de reclusão por três homicídios e duas tentativas de homicídio.
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