Influenciadora viraliza ao mostrar adesivo anticoncepcional no abdômen para ‘regular saúde mental’; entenda

  • 04/12/2025
(Foto: Reprodução)
Como anticoncepcional pode afetar seu humor A influenciadora Liz Macedo, 16 anos, viralizou ao publicar uma imagem em que aparece com um adesivo anticoncepcional colado no abdômen, logo abaixo do umbigo. Ela disse que sempre teve ciclo menstrual irregular e que essa falta de previsibilidade piorava sintomas emocionais ligados ao quadro de depressão que enfrenta. Liz afirma que buscou o adesivo para organizar o padrão de sangramento, mas reforça que sabe que o método não trata depressão nem substitui acompanhamento especializado. Para esclarecer o que o adesivo realmente faz, o g1 ouviu a ginecologista e mastologista Flávia Purcino, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. O que é o adesivo e como ele age O adesivo é um anticoncepcional hormonal combinado. Ele libera estrogênio e progestagênio de forma contínua pela pele durante uma semana. De acordo com Purcino, o mecanismo é o mesmo dos contraceptivos combinados já conhecidos: ele inibe a ovulação, modifica o muco cervical e altera o endométrio, reduzindo a chance de gravidez. A principal diferença é a via de absorção — o hormônio passa direto pela pele para a circulação, o que dispensa a rotina diária de comprimidos. A influenciadora Liz Macedo, de 16 anos Reprodução/Instagram Por que o método pode ajudar em casos de ciclos muito irregulares Apesar de não ter efeito sobre doenças psiquiátricas, o adesivo pode deixar o padrão de sangramento mais previsível, o que foi exatamente o motivo apontado por Liz. Segundo Purcino, ciclos muito irregulares podem intensificar desconfortos pré-menstruais e atrapalhar o manejo da rotina em algumas mulheres. Dar previsibilidade ao sangramento pode facilitar esse manejo,mas isso não significa impacto direto em depressão ou ansiedade. “Quando o ciclo é imprevisível, algumas pacientes relatam piora do desconforto pré-menstrual. O anticoncepcional organiza o padrão de sangramento, mas não atua no tratamento de transtornos mentais”, afirma a médica. A especialista reforça que, quando a irregularidade é significativa, a causa precisa ser investigada. Onde o adesivo pode ser colocado O ponto escolhido por Liz — abaixo do umbigo — está entre os locais permitidos. Segundo Purcino, os locais adequados são: parte externa superior do braço; abdômen (incluindo a região mostrada pela influenciadora); nádegas; parte superior do tronco, exceto as mamas. A pele deve estar limpa, seca e íntegra. A troca é semanal: são três semanas de uso e uma semana de pausa, segundo a especialista. Também é recomendado alternar a área a cada troca para evitar irritações. Se o adesivo descolar parcialmente, é possível tentar fixar novamente. Se não aderir, a orientação é colocar um novo de imediato. Quando a paciente permanece menos de 24 horas sem adesivo, o cronograma semanal pode ser mantido. Se o tempo sem o método ultrapassar 24 horas, o ciclo deve ser reiniciado naquele dia e o método contraceptivo deve ser usado por sete dias. "Em caso de relação sexual desprotegida, pode ser necessária contracepção de emergência", diz a médica. AdobeStock Efeitos colaterais, riscos e contraindicações Os efeitos mais comuns incluem náuseas leves, cefaleia, sangramento de escape, sensibilidade nas mamas e irritação local. O risco de trombose é semelhante ao de outros métodos combinados e discretamente maior que o de algumas pílulas de baixa dosagem, mas continua baixo em mulheres jovens, saudáveis e não fumantes. O adesivo é contraindicado para quem tem histórico de trombose, AVC, infarto, enxaqueca com aura, hipertensão não controlada, doenças hepáticas graves ou câncer de mama. Também pode perder eficácia em mulheres com peso acima de 90 kg. AdobeStock Quais outros métodos estão disponíveis Segundo Purcino, o adesivo é apenas uma das opções hormonais e não hormonais hoje no país. As pílulas combinadas e as pílulas só de progesterona continuam sendo as escolhas mais comuns, indicadas conforme o histórico clínico e a tolerância individual. Os DIUs — tanto o hormonal quanto o de cobre — são métodos de longa duração e ficam colocados dentro do útero por anos, sendo recomendados para quem busca evitar a administração frequente. O implante subdérmico, inserido no braço, dura até três anos e libera apenas progesterona. Já as injeções mensais ou trimestrais são alternativas para quem prefere não usar métodos de uso diário ou semanal. O anel vaginal, que libera hormônio diretamente na mucosa, funciona de forma semelhante à pílula combinada, mas com aplicação mensal. A médica explica que a escolha depende de fatores como risco de trombose, presença de enxaqueca com aura, desejo de manter ou suprimir menstruação, rotina da paciente, efeitos colaterais prévios e necessidade de métodos de longa duração. “Cada método tem indicações e contraindicações próprias. A avaliação individual é o que define o mais adequado”, diz.

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/12/04/influenciadora-viraliza-ao-mostrar-adesivo-anticoncepcional-no-abdomen-para-regular-saude-mental-entenda.ghtml


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