Governo de SP projeta VLT entre Campinas, Hortolândia e Sumaré, e ramal do centro a Viracopos
23/05/2024
(Foto: Reprodução) Proposta aprovada em reunião nesta quinta (23) prevê investimentos de R$ 2,6 bilhões para os dois ramas ferroviários, um deles com ligação à futura estação do Trem Intercidades entre Campinas e São Paulo. Modelo de VLT da cidade de Santos (SP)
Prefeitura de Santos
O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (23) a qualificação de um projeto de mobilidade urbana para implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Campinas (SP).
A proposta prevê dois ramais ferroviários, um metropolitano, ligando Campinas, Hortolândia e Sumaré, e outro entre o Centro da metrópole e o Aeroporto de Viracopos, com ligação direta à estação do futuro trem intercidades.
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A medida foi anunciada após reunião conjunta do Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas (CGPPP) e do Conselho Diretor do Programa de Desestatização (CDPED). Os investimentos previstos são de R$ 2,6 bilhões, mas não há prazo para implantação.
Em fevereiro, o governo realizou o leilão do projeto do Trem Intercidades, que prevê ligar São Paulo e Campinas (SP) a partir de 2031. O consórcio C2 Mobilidade Sob Trilhos, formado pelo grupo brasileiro Comporte e pelos chineses da CRRC, foi o único participante do leilão. Falta a assinatura do contrato.
De acordo com o governo estadual, a proposta de VLT aprovada pelo CDPED prevê a ligação metropolitana com 22 quilômetros de extensão, e outro ramal, de 22,4 km, entre o Centro de Campinas e o aeroporto internacional.
Além do projeto para Campinas, o governo de São Paulo também habilitou no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) um VLT para Sorocaba (SP), de 25 km de extensão, com previsão de integração ao futuro TIC Eixo Oeste, que ainda não foi a leilão.
Trem Intercidades
Modelo de trem da CRRC, empresa chinesa que compõe o consórcio vencedor do leilão do Trem Intercidades
CRRC
A decisão sobre a implantação de um trem entre Campinas e São Paulo já dura pelo menos 20 anos. As viagens serão de 1 hora e 4 minutos, com trens de velocidade máxima de até 140 km/h e tarifa a R$ 64. A previsão para o início da operação é em 2031.
O estado prevê que o serviço expresso (SP e Campinas em 64 minutos) seja atendido por um trem com capacidade para 860 passageiros sentados, operando em intervalos de até 15 minutos nos horários de pico. A expectativa do projeto é atender até 60 mil passageiros por dia em todos os serviços.
O governo do estado vai pagar R$ 8,9 bilhões - R$ 6,4 bilhões com dinheiro do BNDES, que faz parte do programa de aceleração do crescimento. Para garantir a operação, o estado pagaria no máximo R$ 8 bilhões ao longo do contrato. O consórcio que ganhou aceitou receber R$ 7,2 bilhões.
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Quais as ligações previstas?
Serviço Expresso (Trem Intercidades): São Paulo a Campinas, com parada em Jundiaí;
Serviço Linha 7 Inicial e o Serviço Linha 7-Rubi: conectam a Estação Barra Funda, em São Paulo, a Jundiaí, e atende às cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista;
Serviço TIM (Trem Intermetropolitano): vai de Jundiaí a Campinas, e atende também Louveira, Vinhedo e Valinhos.
Infográfico mostra trajeto previsto e detalhes do projeto do Trem Intercidades, que vai ligar Campinas à Estação da Luz, na capital de SP
Arte/g1
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