Estacionamento debaixo do Minhocão: veja como deve ficar o espaço após obras da prefeitura

  • 30/04/2025
(Foto: Reprodução)
Município não divulgou regras, mas vice-prefeito disse na noite da terça-feira (29) que local está pronto para ser usado de forma experimental. Área tem capacidade para cerca de quatro carros. Para urbanistas, obra vai na contramão da mobilidade urbana. Prefeitura de SP inicia obras para criar estacionamento debaixo do Minhocão A Prefeitura de São Paulo finalizou, na noite desta terça-feira (29), a obra do primeiro bolsão de estacionamento localizado debaixo do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, na região central da capital. O espaço foi construído a partir de um recuo no canteiro central da Rua Amaral Gurgel, na altura do número 360. A área tem capacidade para cerca de quatro carros. Segundo a prefeitura, esse primeiro estacionamento funcionará de forma experimental, "para avaliação de viabilidade". O projeto também prevê o mesmo serviço na Avenida São João. Apesar de a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) ainda não ter divulgado regras de uso ou a data de início da operação, o vice-prefeito Mello Araújo (PL) publicou uma foto do local nas redes sociais e afirmou que o espaço já está pronto para ser usado. Abaixo, entenda quais as principais mudanças com a implementação do projeto: Confira como deve ficar o bolsão de estacionamento sob o Minhocão Arte/g1 Design A ideia da Prefeitura de São Paulo é ampliar o número de bolsões ao longo da rua Amaral Gurgel. A gestão municipal pretende instalar bolsões de estacionamento ao longo de 500 metros da via — entre os números 20 e 482. Como o espaço é atualmente? Debaixo do Minhocão, existe um canteiro central que acompanha toda a extensão do elevado; Nesse canteiro, há pilastras de sustentação; Nos trechos de ciclofaixas, há duas unidirecionais para os ciclistas — cada faixa segue apenas uma direção. Como deve ficar após as obras? Com o bolsão integrado à Rwua Amaral Gurgel, há perda de espaço do canteiro central no trecho do estacionamento; O trecho de ciclofaixa se torna bidirecional, ou seja, os ciclistas passam a compartilhar faixas mais estreitas nos dois sentidos; Também haverá necessidade de instalação de gradis nos pontos de curva para a segurança de ciclistas e pedestres. Questionada, a prefeitura não respondeu se houve estudo prévio de viabilidade da obra, quando o projeto ficará pronto, qual será a capacidade de veículos e quais as regras de utilização do bolsão. "A ciclovia que já existe no local será mantida, sendo que alguns ajustes serão feitos para adequação à nova geometria. O projeto experimental conta com desenvolvimento da CET e implantação da Secretaria Municipal das Subprefeituras", afirmou, em nota. Trecho na Rua Amaral Gurgel, em São Paulo Reprodução/Google Street View Especialistas criticam projeto Pesquisadores e políticos se posicionaram contra a proposta da prefeitura. Rafael Calabria, especialista em mobilidade urbana, vê com espanto o avanço do projeto e aponta que milhões de pessoas serão impactadas direta e indiretamente: "A obra vai na contramão do que a cidade precisa para a mobilidade urbana. Viola as legislações municipais e federais sobre mobilidade urbana — priorizar o transporte coletivo e ativo e desestimular o transporte individual. Vai piorar o trânsito na região, porque vai ter parada de veículo na faixa da esquerda, vai ter um impacto muito ruim no trânsito da região, vai piorar a ciclovia". "Se for expandida para a Avenida São João, vai destruir o corredor de ônibus, que é superimportante para toda a região da Zona Oeste, de Pirituba, de Brasilândia. Vai impactar milhões de pessoas para criar, no máximo, 20, 30 vagas. Completamente equivocada, sem propósito, sem planejamento, sem diálogo, não passou por nenhum dos conselhos. É assustador que esteja avançando um projeto assim", destacou. Obra sob o Minhocão, na rua Amaral Gurgel Arquivo pessoal/Rafael Calabria O vereador Nabil Bonduki (PT) disse que acionou a Justiça para que as obras sejam paralisadas. "Eu e a vereadora Renata Falzoni (PSB) entramos com uma Ação Popular contra a Prefeitura para parar as obras do estacionamento sob o Minhocão. Na manhã desta segunda-feira, as máquinas começaram a quebrar as calçadas sem qualquer debate público, planejamento, avaliação técnica ou estudo sobre a drenagem do local – por que tanta pressa, coronel Mello de Araújo? [vice-prefeito da capital]", questionou. Nabil, que é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, diz que o projeto contraria os princípios de mobilidade urbana da Lei Federal e do Plano Diretor porque incentiva o uso do carro. "Para completar, o problema que o vice-prefeito quer maquiar – das pessoas em situação de rua no local – continuará, porque ainda sobrará espaço a ser ocupado. Reitero a necessidade de investir em políticas públicas de saúde mental e habitação para uma vida digna", completou o vereador. Obra na rua Amaral Gurgel Arquivo pessoal/Rafael Calabria

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/04/30/estacionamento-debaixo-do-minhocao-veja-como-deve-ficar-o-espaco-apos-obras-da-prefeitura.ghtml


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