Crianças encontram novos caminhos e ficam longe da criminalidade em projetos sociais de Rio Preto
28/11/2025
(Foto: Reprodução) 'Guerra de Gangues': projetos sociais ajudam menores a se manter longe da criminalidade
Os projetos sociais em São José do Rio Preto (SP) ajudam a manter crianças e adolescentes longe da criminalidade. As iniciativas oferecem atividades culturais, esportivas e educativas, que acolhem os menores e mostram caminhos diferentes da violência.
Além de se sentirem valorizados, eles criam responsabilidades e aprendem a se relacionar e a planejar um futuro promissor, longe das ruas.
A matéria é mais uma da série "Guerra de Gangues", cujos dados foram obtidos com exclusividade pela equipe da TV TEM. As primeiras reportagens podem ser acessadas neste link.
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Projeto social Aquarela, em Rio Preto (SP)
TV TEM/Reprodução
No bairro Estoril, o Projeto Aquarela reúne 120 crianças e jovens de 6 a 18 anos no contraturno escolar. Uma vez por semana, 50 deles participam de aulas de dança.
“Na profissão que eu quero mesmo é a dança e pra mim o projeto é maravilhoso. Você pode aprender música, dança e muitas coisas legais”, diz Lara Luiza de Sousa, de 12 anos.
A professora Carolina Oliveira Fagundes, conhecida como Carol Koff, também viveu essa experiência. Aos 7 anos, participou de um projeto semelhante e afirma que a dança mudou sua vida.
“Eu pude entender o poder de transformação que a arte, a cultura e a dança têm na vida de crianças como essa. É incrível poder vir desse lugar e proporcionar isso pra eles hoje. No projeto, os alunos também praticam esportes”, afirma.
As crianças aprovam as atividades. “É mais gostoso ficar no projeto, porque é muito legal e ensina a gente a aprender a ler”, conta Artur da Silva, de 8 anos. Maria Alice Costa, de 9 anos, já faz planos: “Quero ser pedagoga, porque acho muito legal ser professora e dar aulas. Os professores do projeto me inspiram”.
Manoel Neves Filho, fundador do projeto Aquarela em Rio Preto (SP)
TV TEM/Reprodução
O Projeto Aquarela nasceu em 2005, criado por Manoel Neves Filho, presidente de um serviço social de Rio Preto. Ele observava crianças em situação de vulnerabilidade na praça e decidiu oferecer atividades de esporte, lazer e cultura.
“Desde que o projeto começou, há 20 anos, mais de mil alunos foram atendidos. A ideia é resgatar a cidadania e mostrar um mundo diferente para crianças em situação de vulnerabilidade”, explica Manoel.
A dona de casa Priscila Romero Camargo Amorim vê a transformação da filha de 14 anos, que participa do projeto há três anos.
“A Bia se desenvolveu em tudo. Até tocar violão, que eu sempre achei difícil. Hoje, nas apresentações, todos eles tocam e dançam”, relata.
Estímulo à cidadania
Evandro Pelarin, juiz da infância e juventude
TV TEM/Reprodução
Segundo o juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarini, projetos sociais ajudam a manter adolescentes longe da criminalidade ao estimular educação, convivência e bom comportamento.
“Esses projetos trazem valores positivos, como afeto, compaixão, tolerância e paciência. São fundamentais na formação das crianças e adolescentes”, afirma o juiz.
Outro exemplo é o Projeto Anjo da Guarda, em Rio Preto. Nele, 176 crianças de 6 a 11 anos aprendem matemática de forma divertida, plantam sementes e quebram preconceitos por meio da arte.
O projeto acolhe crianças e as tira das ruas, oferecendo amor, respeito e gratidão. Os valores aparecem nas atividades e na forma como elas se relacionam.
“Acho que para ser alguma coisa na vida, a gente tem que estudar muito. Se eu estivesse na rua, não ia aprender nada e não teria um futuro bom”, diz Ana Julia dos Santos, de 6 anos.
Ana Júlia dos Santos, de 10 anos
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🚔 'Guerra de Gangues'
Reportagem e apresentação: Monize Poiani
Produção: Janaína de Paula
Imagens: Eduardo Durú e João Selare
Edição de imagem: Aristeu André
Edição de arte: Guilherme Orsi
Edição de texto: Thiago Vasconcelos
Edição de texto web: Desirèe Assis e Eric Mantuan
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