Cerca de 20% dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos seguem com tarifas entre 40% e 50%

  • 21/11/2025
(Foto: Reprodução)
Itens que têm maior peso na balança comercial continuam com alguma sobretaxa dos EUA A decisão do governo americano de retirar a sobretaxa de parte das exportações brasileiras deixou de fora itens com maior peso na balança comercial - principalmente os produtos industriais. A decisão do governo americano é retroativa a 13 de novembro e vem na esteira do aumento da inflação nos Estados Unidos, que atingiu 3% nos últimos 12 meses. Itens como café e carne, que os americanos importam em grande quantidade do Brasil, pesaram nessa conta. Duzentos e trinta e oito produtos brasileiros deixaram de pagar a sobretaxa de 40%. Esses produtos representam 36% das exportações para os Estados Unidos; ou em termos financeiros, US$ 14 bilhões. Os Estados Unidos, que são os maiores compradores do café brasileiro, ficam com 16% do que é exportado pelo país. Márcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, afirmou que o tarifaço fez as exportações do setor caírem pela metade entre agosto e outubro, na comparação com 2024. Agora, ele comemora a nova decisão de Donald Trump: “Realmente, foi uma notícia esplêndida. Nos últimos três meses, o prejuízo do Brasil com Estados Unidos foi da ordem de US$ 600 milhões. Ainda temos por trabalhar o café solúvel, porque esse não foi retirado. É um produto final acabado e que gera três a quatro empregos comparado ao café em grão. E, obviamente, que a gente sabe que é um trabalho complementar, mas em um prazo muito curto esperamos trazer de volta também para tarifa zero". A lista de produtos que não pagarão mais sobretaxas inclui também carnes, frutas, castanha de caju e especiarias. O setor de frutas abriu novos mercados nos últimos meses, batendo recorde de exportações entre julho e setembro. Os Estados Unidos compravam 17% de todas as frutas exportadas pelo Brasil. Com o fim do tarifaço, as expectativas para 2026 são muito boas. “Estamos de volta ao jogo, fortes. Então, nós estamos muito felizes para que nós possamos continuar fortes nas exportações”, afirma Guilherme Coelho, presidente da Associação dos Produtores de Frutas. Na quinta-feira (21), logo após a reversão das tarifas, o presidente Lula comemorou o anúncio americano durante a abertura do Salão do Automóvel, em São Paulo. Em um vídeo publicado em uma rede social, Lula disse que o agradecimento ao presidente Donald Trump seria apenas parcial: “Eu vou lhe agradecer só parcialmente porque eu vou agradecer totalmente quando tudo estiver acordado entre nós" Cerca de 20% dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos seguem com tarifas entre 40% e 50% Jornal Nacional/ Reprodução 64% das exportações brasileiras continuam sujeitas a algum tipo de tarifa adicional; 22% com sobretaxas entre 40% e 50%. É o caso de couro, pescados, mel e produtos industrializados como máquinas, motores, autopeças, aviões e do setor de madeira. “Em média, 50% da nossa balança comercial exportadora é com destino aos Estados Unidos. Cada dia que se arrasta essa negociação, nós vamos perdendo um share de participação que foi construído há décadas no mercado americano”, afirma Paulo Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Madeira Processada. A Confederação Nacional da Indústria pediu urgência para um acordo. “O nosso grande desejo é que o governo brasileiro consiga extrair dos negociadores americanos uma suspensão temporária de todas as tarifas até o final do ano, já que o processo de negociação deve durar mais ou menos de dois a três meses. Estamos falando de pequenas, médias e grandes empresas, uma vez que mais de 10 mil empresas atuam nos Estados Unidos e estão sendo prejudicadas em grande parte pelas tarifas vigentes”, diz Frederico Lamego, da Confederação Nacional da Indústria. Especialistas avaliam que as novas rodadas de negociações com o governo americano vão envolver prioritariamente também outros temas além das tarifas. O governo brasileiro disse que está preparado para isso. O Brasil apresentou no dia 4 de novembro aos Estados Unidos, uma proposta detalhada com o que pode oferecer. O presidente em exercício, vice-presidente Geraldo Alckmin, disse que a negociação abrange mais áreas e segue sem interrupção: “Você tem temas tarifários e tem temas não tarifários. Então, temas não tarifários você tem redata, que é data center, o Brasil está atraindo investimentos na área de data center. O limitador da inteligência artificial no mundo é energia. O Brasil tem energia abundante e renovável. Terras raras, big techs, você tem toda uma pauta de conversa”. LEIA TAMBÉM Tarifaço de Trump: veja a nova lista de produtos brasileiros que ficam de fora das tarifas de 40% Tarifaço de Trump: apesar de nova lista de exceções, dois terços das exportações não estão isentas, diz CNI Após suspensão de tarifas a série produtos, Brasil trabalhará para EUA revogar sanções contra autoridades

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/11/21/cerca-de-20percent-dos-produtos-brasileiros-exportados-para-os-estados-unidos-seguem-com-tarifas-entre-40percent-e-50percent.ghtml


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