Campinas cria novo protocolo para proteger crianças e adolescentes vítimas de violência; veja o que muda

  • 10/12/2025
(Foto: Reprodução)
Violência e abuso sexual infantil: veja os sinais e saiba como proteger as crianças A Prefeitura de Campinas (SP) lançou, nesta quarta-feira (10), o novo Fluxo Integrado de Atendimento, que reorganiza toda a rede de proteção a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. O protocolo unifica procedimentos de escolas, saúde, assistência social, Conselhos Tutelares, forças de segurança e Justiça, tornando-se a referência oficial para qualquer caso no município. A proposta é agilizar o atendimento, melhorar a comunicação entre os serviços e evitar que a vítima tenha de repetir o relato várias vezes, informou a administração municipal. A principal mudança é a criação de uma comunicação integrada entre os serviços. Com o novo protocolo, os fluxos deixam de ser informais e ficam organizados entre a Prefeitura, a Justiça e os órgãos de proteção, com etapas e prioridades definidas. Cada órgão será obrigado a informar aos demais o que foi feito no caso, garantindo continuidade no atendimento. A escuta especializada vira prática padrão em todas as portas de entrada, diferentemente do depoimento especial, que continua sendo feito somente pela Justiça. 🔎 A escuta especializada é uma conversa acolhedora feita pelos serviços da rede para entender sinais de violência e garantir a proteção imediata da criança ou do adolescente, sem o objetivo de coletar provas. E na prática? Veja, abaixo, o passo a passo previsto no protocolo: 1️⃣ Quando alguém identifica uma suspeita ou recebe uma denúncia O profissional que perceber a situação deve acolher a criança sem pedir detalhes do que aconteceu. Deve avisar imediatamente o Conselho Tutelar, que cuida dos primeiros encaminhamentos. Em casos graves ou de risco imediato, é preciso chamar a Segurança Pública e, se necessário, o atendimento de saúde de urgência. 2️⃣ Primeiro atendimento A criança deve ser levada a um lugar seguro e reservado para o primeiro atendimento. Os profissionais fazem uma escuta inicial apenas para entender o que está acontecendo e garantir proteção imediata, sem pedir detalhes ou repetir perguntas. 3️⃣ Encaminhamentos obrigatórios Avisar Saúde, Assistência Social ou Educação, dependendo de onde o caso surgiu. Registrar a situação nos sistemas oficiais e iniciar o acompanhamento. Acionar a Polícia Civil quando houver suspeita de crime, como violência sexual ou agressões graves. Informar o Ministério Público para analisar medidas de proteção e possíveis ações na Justiça. 4️⃣ Proteção imediata Se preciso, podem ser tomadas medidas rápidas, como afastar o agressor, incluir a família em serviços de proteção ou garantir atendimento médico urgente. O Conselho Tutelar acompanha se tudo está sendo cumprido e aciona a Justiça caso haja descumprimento. 5️⃣ Acompanhamento contínuo Todos os órgãos precisam trocar informações sobre cada etapa do atendimento, incluindo consultas, ações na Justiça, apoio psicológico, visitas e retorno à escola. A rede deve garantir apoio emocional, proteção e orientação à criança até que ela esteja totalmente segura. 6️⃣ Encerramento do caso O caso só é encerrado quando fica comprovado que a criança está fora de risco e todas as medidas de proteção foram cumpridas. A equipe informa a família sobre o fechamento do caso e registra tudo nos sistemas da rede. A implementação será coordenada pelo Comitê Gestor, que vai acompanhar o funcionamento do fluxo e fazer ajustes quando necessário. Segundo a prefeitura, o documento poderá ser atualizado conforme as necessidades do dia a dia. O Guia de Implementação dos Fluxos é resultado de uma parceria entre a Childhood Brasil (Instituto WCF), a Fundação Feac e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), e começou a ser desenhado em 2022. Criança segura mão de pessoa adulta em frente a uma placa do Conselho Tutelar Jhonatan Viera/Sejus-DF 13 vítimas por dia Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (Disque 100) e do Sisnov mostram que, entre o segundo semestre de 2023 e o primeiro de 2024, foram registradas 4.925 denúncias de violações envolvendo crianças e adolescentes em Campinas. Pela média do Disque 100, 13 crianças ou adolescentes são vítimas de violência por dia na cidade. RELEMBRE CASOS: PM resgata criança mantida acorrentada em barril e prende três por tortura em Campinas Bebê de 10 meses encontrado morto tinha marcas de violência, diz Polícia Civil; padrasto foi preso Casal preso por maus-tratos após morte de bebê foi denunciado ao Conselho Tutelar mais de 50 vezes, diz testemunha Ainda segundo o Sisnov, a faixa etária de 10 a 19 anos é a segunda com maior índice de notificações. A maior parte das ocorrências acontece dentro de casa, com participação principalmente de pais e familiares. O documento elaborado pela prefeitura destaca ainda que o número de violações é maior que o de denúncias, já que um único registro pode reunir diferentes tipos de violência. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/12/10/campinas-cria-novo-protocolo-para-proteger-criancas-e-adolescentes-vitimas-de-violencia-veja-o-que-muda.ghtml


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