Brasileiros sobrevivem a naufrágio e incêndio em ilha paradisíaca no Caribe; VÍDEO
10/12/2025
(Foto: Reprodução) Brasileiros sobrevivem a naufrágio e incêndio em ilha paradisíaca no Caribe
Quatro brasileiros sobreviveram a um naufrágio durante uma hospedagem em um catamarã [tipo de embarcação de dois cascos], que pegou fogo nas Ilhas de San Blas, localizadas na costa caribenha do Panamá. Segundo apurado pelo g1, duas pessoas conseguiram pular em um bote, enquanto a outra dupla precisou se arriscar em um mar com tubarões (assista no vídeo acima).
O capitão e o ajudante da embarcação "Terra" também estavam a bordo quando o incêndio começou no último sábado (6). Os tripulantes não quiseram entrar no bote do catamarã na tentativa de salvar alguns pertences. Apesar disso, a dupla não conseguiu resgatar os itens e precisou ser socorrida depois, já com queimaduras.
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A empreendedora Carolina Pereira Topfstedt, de 32 anos, é uma das turistas que estavam na embarcação. "Na hora, é uma mistura de sentimentos. No momento, só pensei no meu passaporte e me questionava como voltaria para casa. Foi o pior sentimento que já senti. Não desejo isso para ninguém", afirmou a moradora de Santos, no litoral de São Paulo.
Carolina Pereira Topfstedt, de 32 anos, sobreviveu a naufrágio e incêndio em ilha paradisíaca no Caribe
Arquivo Pessoal/Carolina Pereira Topfstedt
Sobreviventes
Carolina contou que chegou à embarcação junto com três amigos na sexta-feira (5). "A viagem dos sonhos. A hospedagem no catamarã foi melhor que muito hotel cinco estrelas [...], mas infelizmente isso aconteceu", lamentou a mulher.
Por volta das 12h40 de sábado, Carolina e a amiga gravavam vídeos dos tubarões ao redor da embarcação, quando o capitão ouviu um estalo dentro da cabine e chamou o ajudante. Neste momento, os brasileiros viram uma fumaça e um dos homens pegou um extintor para ajudá-los.
A fumaça só aumentava e o extintor acabou. "Só vi a feição do capitão de desespero e uma labareda atrás dele. Foi nesse momento que eu percebi que tinha que sair de lá o mais rápido possível. Pulei no bote e chamei meus amigos", explicou Carolina.
De acordo com ela, o amigo que estava com o extintor também entrou no bote e o desamarrou do catamarã. Já a amiga pulou no mar no momento do desespero e o marido dela foi atrás para ajudá-la. Apesar dos tubarões, o casal conseguiu subir no bote com os amigos, que começaram a remar para longe.
Outro bote ajudou os brasileiros a chegar à ilha mais próxima e voltou para resgatar o capitão e o ajudante dele. "O capitão perdeu tudo o que ele tinha na vida, uma vez que aquela era a casa dele", contou Carolina, que tem divulgado uma campanha nas redes sociais para ajudá-lo.
Carolina Pereira Topfstedt, de 32 anos, sobreviveu a naufrágio e incêndio em ilha paradisíaca no Caribe
Arquivo Pessoal/Carolina Pereira Topfstedt
Volta ao Brasil
Carolina e o amigo conseguiram levar os respectivos celulares que estavam com eles no momento do incêndio, enquanto o casal salvou uma câmera. Todos pularam da embarcação apenas de biquínis e sungas.
Segundo a empreendedora, o cacique de San Blas levou todas as vítimas para registrar um boletim de ocorrência, e depois seguiram à sede do governo, onde ele ofereceu comida, trocas de roupa, água para tomar banho e um local para passar a noite.
Ela afirmou que o cacique pediu para que o motorista os levassem até a cidade do Panamá, no domingo (7). Ele também havia solicitado ao responsável pelo Consulado do Brasil para que o ajudassem com uma nova documentação para que fossem embora do país sem passaportes.
O grupo de amigos ia embora do catamarã na manhã de domingo (7), mas só voltaria ao Brasil no dia 14 após um dia na Cidade do Panamá e seis em Bocas del Toro. Apesar disso, os documentos emitidos autorizavam os turistas a retornar ao país até quinta-feira (11).
"Decidimos comprar as passagens mais próximas possíveis, que foi na madrugada de segunda-feira (8), uma vez que estávamos desolados, traumatizados, não tínhamos mais roupas e medicações", explicou Carolina. "No aeroporto, as pessoas podiam notar nosso estado, e teve gente que nos ajudou, emprestando blusas para não passarmos frio no voo", finalizou ela.
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