Agtechs brasileiras crescem 75% desde 2019 e estão menos centralizadas, aponta estudo

  • 30/04/2025
(Foto: Reprodução)
Radar Agtech aponta que número de empresas de inovação no agro subiu de 1.125 para 1.972 entre 2019 e 2024. Especialistas apontam maturidade do ecossistema e pressão por inovação como principais impulsionadores. Empresas de inovação no agro têm ganhado mais espaço no país desde 2019 Wenderson Araujo/CNA O número de empresas de inovação no agronegócio cresceu 75% entre 2019 e 2024, apontam dados recém-divulgados pelo Radar Agtech, considerado um dos principais estudos do setor no país. O documento, elaborado em parceria pela Homo Ludens, Embrapa e SP Ventures, aponta que o Brasil tem 1.972 startups dedicadas a criar soluções para o campo, diante de 1.125 enumeradas seis anos atrás. A pesquisa também mostra que, além de mais numerosas, essas empresas estão menos centralizadas. Para especialistas, esse crescimento reflete o amadurecimento do setor e a necessidade cada vez mais urgente de soluções tecnológicas diante dos novos desafios enfrentados pelo agro. Na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do mundo que acontece esta semana em Ribeirão Preto (SP), 20 startups apresentam suas soluções na arena de tecnologia e inovação. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp “O agro brasileiro passou a demandar soluções mais sofisticadas, e esses ambientes criam conexões entre desafios reais do campo e capacidades de pesquisa, desenvolvimento e escalabilidade”, afirma Luciano Fernandes, CEO da Treesales, consultoria especializada em transformação digital no campo. O perfil das agtechs As soluções oferecidas pelas startups estão divididas em três frentes principais: 41,7% atuam dentro da propriedade rural, com tecnologias para a gestão e produção 41,3% atuam no pós-fazenda (atividades de logística e comercialização de produtos agrícolas), com foco em alimentos e consumo 16,9% estão em atividades que antecedem a produção agrícola, em áreas como crédito, insumos e maquinário. A pesquisa ainda aponta que 77% dessas startups estão inseridas em ecossistemas locais de inovação - que também são mais numerosos, como as incubadoras, que cresceram 224%, e os parques tecnológicos, que tiveram uma elevação de 25% em todo o país. Além disso, 63,5% já participaram de programas de aceleração - unidades focadas nessa etapa cresceram 90%. Outro dado relevante é o avanço da participação feminina: 36,4% das agtechs possuem mulheres na sociedade, contra 28,7% em 2022. O perfil dessas empresas, em sua maioria, é jovem e de pequeno porte — 66% foram fundadas após 2018 e 40,4% faturam até R$ 81 mil por ano. O documento ainda revela que a participação do Sudeste caiu de 65% para 57%, enquanto outras regiões, como Sul e o Nordeste (veja no gráfico acima) ganharam mais espaço. “Os ecossistemas de inovação estão se espalhando para além dos grandes centros, exigindo maior integração entre os atores envolvidos e fazendo com que eles consigam unir forças para expandir o portifólio de clientes e interessados em tecnologia no agro pelo país”, afirma Matheus Borella, líder de Novos Negócios e Inovação Aberta no Agronegócio no Itaú BBA. Apesar dos avanços, a adoção de tecnologias mais avançadas ainda enfrenta desafios, especialmente entre pequenos e médios produtores. Para superar essas barreiras, é fundamental a colaboração entre corporações, centros de pesquisa e startups. Essa articulação é importante para traduzir o potencial técnico dessas soluções em valor prático, aplicável e acessível para o produtor rural. “A inteligência artificial, em particular, tem se destacado como uma tecnologia promissora no setor agropecuário brasileiro. No Cubo Agro, hub de inovação do Itaú, já são mais de R$ 1,1 bilhão investidos desde a fundação dessas AgTechs, muitas delas focadas em soluções baseadas em IA. Essas tecnologias estão sendo aplicadas em diversas áreas, desde o monitoramento de lavouras até a previsão de safras, contribuindo para a tomada de decisões mais assertivas no campo”, afirma Borella. Divulgação: Dabi Business Park Divulgação: Dabi Business Park Problemas e soluções no agro O crescimento dessas startups atende a diferentes problemas no campo. Entre os que mais têm inspirado soluções estão questões ligadas a gestão hídrica, rastreabilidade, eficiência energética, mecanização inteligente e previsibilidade de safra, segundo Fernandes, da Treesales. "Tudo isso impulsionado pela urgência climática e pelas exigências de sustentabilidade”, afirma. O fortalecimento do ecossistema só é possível, segundo ele, graças à sinergia entre universidades, políticas públicas e investidores. “As universidades geram conhecimento aplicado, o governo oferece incentivos, e os investidores trazem capital estratégico”, explica. Entre as soluções mais importanes, Ricardo Agostinho, head de inovação do Dabi Business Park, em Ribeirão Preto (SP), destaca a produtividade com inteligência artificial, rastreabilidade via blockchain, sensores de solo e clima, drones para redução de insumos e até crédito facilitado para pequenos produtores. “São dores reais sendo resolvidas de forma criativa, prática e com potencial de escala”, diz. Para ele, o impacto também se sente no dia a dia. "Startups nascem ou se conectam com grandes empresas, trocando ideias, testando soluções. Isso acelera o processo de inovação, e quem ganha é o campo.” Veja notícias da Agrishow 2025 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/agrishow/noticia/2025/04/30/agtechs-brasileiras-crescem-75percent-desde-2019-e-estao-menos-centralizadas-aponta-estudo.ghtml


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